quarta-feira, 19 de maio de 2010

By Your Hands


I think I lost my way
I’m drifting
Trying to go to the farest lands
Where there’s no Sheppard’s, no priests
Lightning my way, the big candles
But with weak light
Thunderstorms will follow me
I already can hear their steps in the clouds
Wind’s so strong that I can hardly bread
I reached the palace
It’s so beautiful
It has a stairway
Windows with all the colours
It’s surrounded by a big forest
And has a lake behind it
As I reached the first step
Water started falling from the stairs
It reminded me the tear
Falling from your face
You’ve got to see it
It’s so marvellous
Come to me, ride the white goose
He will lead you to me
That’s all, it’s all I ask
Please do
Please talk
So I can shut you with my lips.

TENSHI
Grândola
Algures no passado

(in)JUSTIÇA


O tempo cura tudo
Mas o quê cura o tempo
O sol aquece-nos
Mas quem aquece o sol
A noite dá-nos abrigo
Mas quem abriga a noite
Os pássaros cantam para nós
Mas quem canta para os pássaros
O sábio ensina-nos tudo
Mas quem ensina o sábio
As árvores dão-nos sombra
Mas quem dá sombra ás árvores
O vento acaricia-nos a pele
Mas quem acaricia o vento
O universo rodeia-nos
Mas o quê rodeia o universo
Eu gosto de tudo
Mas o quê gosta de mim
E o tempo fica magoado
E o sol arrefece
E a noite fica desprotegida
E os pássaros não cantam
E o sábio não ensina
E as árvores não dão sombra
E o vento pára de soprar
E o universo afasta-se
E tu gostas de mim
E então tudo fica bem...
E tudo cura o tempo
E o universo aquece o sol
E o sol abriga a noite
E o vento canta para os pássaros
E as árvores ensinam o sábio
E a noite dá sombra ás árvores
E as árvores acariciam o vento
E a noite rodeia o universo
E eu gosto de ti
E então tudo fica bem...

TENSHI
Grândola
Algures no passado

(titulo oculto)


Quem procuras entre a multidão
Quem desejas para objecto da visão
Procuras-me a mim ?
Tal como eu te procurei a ti
Quem me dera que me alegrasses
Terminando a tua busca
Ao olhar para mim
Mas não me vês
E fico só eu a contemplar-te
Tudo á tua volta se torna
Num imenso imiscível de cores
E que bela paisagem és tu
E interrogo-me de onde vem
Esta nova cor do céu
Que tanto me deslumbra
E rouba de ti a minha atenção
Procuro-te de novo, mas não te encontro
E sofro pelo que temo
Temo não te encontrar
Procuro incessantemente a imagem
Que aos meus olhos tanto agrada
Mas não encontro
Até que sinto algo diferente
E viro-me repentinamente
És tu. E olhas para mim.
Fecho os olhos para reter o momento
Sinto o teu corpo
A aproximar-se de mim
A tua mão meiga no meu rosto
E a tua voz profere docilmente as palavras:
Quem procuras entre a multidão?


TENSHI
GRÂNDOLA
03/10/99
06:21:33

OBRA PRIMA


Pede-se a um poeta
Que escreva sobre amor
Ele vai ao cinema
Ver um filme romântico
E encontra um casal apaixonado na rua
É bastante para ele
Então chegado ao seu refúgio
Começa a fingir que sente
O amor que apenas viu
Mas com um turbilhão na cabeça
Custa-lhe a descrever
as leis de Vénus e de Cúpido
tenta-se interiorizar
na esperança de daí sair
a sua invocada obra
é então que
quase num acto de desespero
rabisca o papel fugazmente
no qual se ficou a ler:
O Amor não é um objecto
Não se pode tocá-lo ou possuí-lo
O Amor é uma visão
Compartilhada por dois amantes
que se empenham em torná-la real.


TENSHI
GRÂNDOLA
15.09.98
03:44:46